Engenho a tirar água da nora

Vídeo de Cidália Teixeira

Os Muçulmanos desenvolveram e introduziram técnicas hidráulicas, misturando e aperfeiçoando as técnicas trazidas pelos romanos e visigodos com as que trouxeram do oriente. Assim ao longo dos rios construíram moinhos e azenhas. Nas hortas e pomares introduziram a nora, a cegonha ou a picota para poderem tirar água dos poços. Por outro lado construíram ainda levadas e canais de irrigação, subterrâneas, e à superfície, construindo não raras vezes autênticos monumentos, por onde a água era levada para outras culturas[1].
As noras de tirar água foram introduzidas pelos Árabes e são instrumentos fixos e circulares usados para captar a água do subsolo para, posteriormente, ela ser utilizada nas culturas de regadio. Caiadas de branco e compostas por uma roda que faz mover a corda, ou cadeia metálica, a que estão presos alcatruzes – baldes que transportam a água - as noras mouriscas conduziam a água às partes mais elevadas dos terrenos cultivados. Inicialmente, eram accionadas por mulas, burros ou machos que se deslocavam de olhos vendados num movimento circular à volta do engenho, mas hoje trabalham com potentes motores.
As noras existentes no Algarve têm quase todas, um funcionamento idêntico, mas apresentam modelos diversos consoante as regiões.
[1] - Teixeira 2003



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